O
trauma psicológico pode ser entendido como qualquer acontecimento que pela
intensidade e seriedade da gravidade causa perturbação psicológica profunda,
repercutindo-se ao nível da organização e estrutura da personalidade. O trauma
habitualmente refere-se a acontecimentos extraordinários na vida de uma pessoa,
que por circunstância ou vivência passada demonstra uma incapacidade para
responder de forma adequada à situação vivida. Trauma é o foco, a lesão, o
conteúdo de um maleficio psíquico e traumatismo é o tamanho da lesão. Sigmund
Freud, (1856 – 1939), foi o primeiro autor a adotar o termo trauma para a área
da psicologia. Descreveu-o no decurso de toda a sua obra, em especial a
propósito das histerias, das neuroses de guerra e na constituição da teoria da
sexualidade. Este autor defende que o trauma é uma vivência que vem do exterior
e que origina uma excitação psíquica de tal forma intensa que o aparelho
psíquico fica inundado, afundado (pela
violência ou acumulação) em excitações as quais um individuo não consegue elaborar
nem descarregar, provocando transtornos importantes na organização psíquica. É
a partir do sinal de angustia que um individuo consegue determinar se aquele
acontecimento ou a vivência que está a ocorrer pode ser elaborada pela sua
mente ou não. O ego ao enviar um sinal de angustia informa que não pretende
ficar afundado em excitações psíquicas com as quais não consegue lidar,
provocando sofrimento pelo resultado de tal incapacidade ou transbordo
excessivo.
Descreve
o trauma a partir de três características:
intensidade ou violência, efração e consequências sobre a organização psíquica.
Este termo é de importância crucial para o processo de tratamento
psicoterapêutico psicanalítico.
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