quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Transferência


A transferência, em psicologia, traduz-se pelo deslocar por parte do paciente dos sentimentos, afetos e inclusive da própria relação que desenvolveu com um dos pais, na infância, em determinada ocasião. Este mecanismo opera, habitualmente, de forma inconsciente, embora o paciente possa reconhecer como traço seu, uma determinada maneira de agir e reagir perante outro, em face de uma situação em específico. A base do mecanismo de transferência é a repetição. A transferência está na base da cura analítica e esta situação, operacionaliza a psicanalise e distingue-as de todas as outras psicoterapias. O termo transferência surge com Sigmund Freud, (1856 – 1939), em Estudos sobre a Histeria (1895) e em Interpretação dos Sonhos (1905) para designar o deslocamento do investimento das representações psíquicas, mais do que a relação paciente-analista. De um modo geral, o mecanismo de transferência pode ser considerado próximo do mecanismo de deslocamento, uma vez que é, igualmente, o transpor para um objeto (uma pessoa, um animal, um objeto concreto, um valor, uma convicção, entre outros), sentimentos, afetos e vivências que se repetem com um propósito.

Sem comentários:

Enviar um comentário