A
transferência, em psicologia, traduz-se pelo deslocar por parte do paciente dos
sentimentos, afetos e inclusive da própria relação que desenvolveu com um dos
pais, na infância, em determinada ocasião. Este mecanismo opera, habitualmente,
de forma inconsciente, embora o paciente possa reconhecer como traço seu, uma
determinada maneira de agir e reagir perante outro, em face de uma situação em
específico. A base do mecanismo de transferência é a repetição. A transferência está na base da cura analítica e esta
situação, operacionaliza a psicanalise e distingue-as de todas as outras
psicoterapias. O termo transferência surge com Sigmund Freud, (1856 – 1939), em
Estudos sobre a Histeria (1895) e em Interpretação dos Sonhos (1905) para
designar o deslocamento do investimento das representações psíquicas, mais do que
a relação paciente-analista. De um modo geral, o mecanismo de transferência
pode ser considerado próximo do mecanismo de deslocamento, uma vez que é,
igualmente, o transpor para um objeto (uma
pessoa, um animal, um objeto concreto, um valor, uma convicção, entre outros), sentimentos,
afetos e vivências que se repetem com um propósito.
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