Descreve
uma recusa muito intensa em percecionar a realidade exterior. Auxiliada pelo
mecanismo de projeção, a escotomização serve para recusar que aquilo que um
inidividuo projetou é seu e não do exterior, podendo pois a realidade ser
escotomizada e não apreendida. É utilizada em conjunto com outros mecanismos de
defesa de natureza psicótica ou ditos primários. A realidade tal como se
apresenta não é apreendida, é moldada e habitualmente francamente distorcida
para que o individuo assim se possa proteger do sofrimento. O termo
escotomização pode ser assemelhado ao conceito de foraclusão conceptualizado
por Jacques Lacan (1901 - 1981) e traduz-se como mecanismo no qual ocorre uma
recusa de um significante fundamental para fora do universo simbólico individual.
Quando essa recusa ou rejeição ocorre, o significante é foracluído, não sendo
pois integrado ao nível inconsciente retornando
então ao individuo como alucinação. Este conceito foi explicitado pelo
autor na analise que fez do Caso do juiz Daniel Paul Schreber, um dos casos
mais conhecidos de Sigmund Freud (1856-1939), de 1911 – «O caso Schreber»
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