Embora
não corresponda sempre à realização de um desejo, a satisfação é a vivência de
prazer associada à concretização de uma ação em benefício de um individuo. Depende
habitualmente de um objeto externo real que é investido e modelo interiorizado
que está ligado à fantasia e aos fantasmas. Também se encontra relacionado com
o estado de desamparo no ser humano pois o organismo, inicialmente não pode
provocar a ação especifica capaz de suprimir a falta, a ausência que vai
gerando tensão e angústia. Em psicanalise o conceito satisfação surge descrito
nas relações precoces, na constituição identitária do bébe ou da criança na sua
relação ao mundo, ao outro, em especial à mãe, o primeiro objeto psíquico que
lhe pode prover calor, afeto, saciação da sede da fome ou conforto. À
satisfação subjaz uma necessidade que é suprimida. Por estar ligada ao objeto
real, poderá ser reinvestida mesmo na sua ausência ao que se chama satisfação
alucinatória do desejo. Esta satisfação alucinatória do desejo irá servir de
base às posteriores procuras de um objeto satisfatório.. O suprimento dessa
tensão necessita de um outro. Se novo estado de tensão emerge, a primeira
imagem que o aparelho psíquico procura é a do objeto necessitado, sendo então
revestida de desejo. Se este não é satisfeito, surge a frustração.
É
através das necessidades egoicas que o individuo procura a satisfação que ao
longo do seu amadurecimento vão se transformando, aproximando-se habitualmente
da perceção e da realidade, afastando-se da alucinação.
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