quarta-feira, 6 de maio de 2015

Repetição ( compulsão a )


O conceito de repetição está intimamente ligado ao de compulsão e embora apresente um caracter patológico, pode ser entendido na relação psicológica de objeto. Desde a nascença  que o ser humano repete ações, vivencias e/ou acontecimentos que são aquilo que se chamam ritmos ou rituais, permite o firmar e o estabilizar.
É o ato de repetir que dá a possibilidade de ligar e de criar enquanto elaboração psíquica habitual. Permite sobre o mesmo, ensaiar o novo, integrar, unir e associar.
 Em 1920, com a obra “Para Alem do Principio do Prazer”, Sigmund Freud relaciona compulsão com repetição para dar conta de um processo inconsciente que o individuo não consegue controlar e que obriga constantemente a repetir sequências para assim poder resolvê-las, isto é a tentar liga-las, a tentar reelabora-las.
Não é a procura de sofrimento da situação que desliga e desintegra que um sujeito procura, mas sim a possibilidade união por forma a apaziguar o excesso de estimulação ao nível do aparelho psíquico. A compulsão à repetição apresenta o caracter conservador e de procura de tranquilidade. Esta associada à regressão pela tentativa de voltar ao estado de bem-estar anterior ao sofrimento que lhe foi infligido.

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