O
conceito de repetição está intimamente ligado ao de compulsão e embora
apresente um caracter patológico, pode ser entendido na relação psicológica de
objeto. Desde a nascença que o ser
humano repete ações, vivencias e/ou acontecimentos que são aquilo que se chamam
ritmos ou rituais, permite o firmar e o estabilizar.
É o ato de repetir que dá
a possibilidade de ligar e de criar enquanto elaboração psíquica habitual.
Permite sobre o mesmo, ensaiar o novo, integrar, unir e associar.
Em 1920, com a
obra “Para Alem do Principio do Prazer”, Sigmund Freud relaciona compulsão com
repetição para dar conta de um processo inconsciente que o individuo não
consegue controlar e que obriga constantemente a repetir sequências para assim
poder resolvê-las, isto é a tentar liga-las, a tentar reelabora-las.
Não é a procura
de sofrimento da situação que desliga e desintegra que um sujeito procura, mas
sim a possibilidade união por forma a apaziguar o excesso de estimulação ao nível
do aparelho psíquico. A compulsão à repetição apresenta o caracter conservador
e de procura de tranquilidade. Esta associada à regressão pela tentativa de
voltar ao estado de bem-estar anterior ao sofrimento que lhe foi infligido.
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